Coreia (do grego, dança) caracteriza-se por movimentos involuntários, irregulares, rápidos e arrítmicos, que podem acometer qualquer parte do corpo, incluindo face, tronco e extremidades. Os movimentos são desprovidos de qualquer propósito, podendo ser semelhante a uma dança.
A coreia pode afetar apenas uma parte do corpo (como a face), metade do corpo (chamada de hemicoreia), ou o corpo inteiro.
De acordo com a etiologia, as coreias podem ser classificadas em hereditárias, metabólicas, imunológicas, infecciosas, vasculares, estruturais e secundárias ao uso de fármacos.
Pensando na causa hereditária, a principal é a Doença de Huntington, na metabólica é importante lembrar de hiperglicemia, como em paciente com Diabete não compensada. Em relação as etiologias imunológicas, lembrar da Coreia de Sydenham e da Coreia gravídica. Também, ter em mente que coreia pode ser causada por medicação e por lesões estruturais no cérebro como por um AVC ou infecção.
Neuroimagem e exames laboratoriais são importantes na investigação de um paciente com coreia.
Existem tratamentos eficazes para Coreia?
A depender da etiologia, algumas medicações podem amenizar os movimentos coreiformes, como na Doença de Huntington e Huntington-like.
Nas coreias secundárias a doenças sistêmicas e metabólicas, o tratamento da doença de base pode levar a uma melhora importante da coreia.
Lembrar da importância do acompanhamento multidisciplinar com fisioterapia e fonoaudiologia.
Toxina botulínica pode ajudar em casos selecionados.
Referência:
TRANSTORNOS DO MOVIMENTO Diagnóstico e Tratamento. 2 º edição. São Paulo, 2016.